As 3 primeiras revoluções industriais trouxeram a produção em massa, as linhas de montagem, a eletricidade e a tecnologia da informação, aumentando a perspectiva de renda dos trabalhadores e contribuindo para o desenvolvimento econômico via competição. A quarta revolução industrial, que terá um impacto mais profundo e exponencial, se caracteriza, por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico. Aqui situamos a Inteligência Artificial (IA).
Uma pausa para um pensamento instigante: o que gera discussão é porque gera contrapontos (e vice-versa), e é isso o que esta tecnologia faz. Aumento de produtividade e redução de custo para as empresas por um lado; impacto das novas tecnologias sobre o bem-estar das pessoas do outro.
Então vamos pensar um pouco...
Historicamente, inovações tecnológicas geram efeitos positivos para o bem-estar, a exemplo do uso de tecnologias na área de saúde para aumentar a longevidade ou diversificação de tecnologias de informação e comunicação para facilitar a socialização do (novo) conhecimento.
A questão é: será que os todos esses benefícios irão compensar o receio do desemprego tecnológico? E se o avanço das tecnologias continuar criando novas fontes de estresse, prejudicando a confiança e os gastos do consumidor.
Aqui dois elementos que ajudam a refletir este paradoxo: o potencial positivo na inovação e a governança das organizações frente às novas tecnologias.
No primeiro elemento destacamos uma pesquisa da McKinsey & Company sobre a transformação digital, que constata que aplicativos baseados em IA já estão aumentando significativamente a qualidade de vida das pessoas, inclusive do ponto de vista das organizações, quando estas utilizam as tecnologias para “impulsionar” a inovação, em vez de simplesmente buscar substituir sua força de trabalho e/ou reduzir custos.
No segundo elemento, levantamos questões éticas importantes, particularmente em áreas voltadas para a vida humana (genoma e dados pessoais). A própria necessidade de desenvolver novas habilidades para utilizar máquinas inteligentes pode causar estresse e insatisfação.
O segredo seria então um olhar cuidadoso sobre processo de mudança para a economia automatizada do conhecimento, e aqui, escolas, universidades e governo têm um papel importante de responsabilidade sócio tecnológica em relação à IA e automação.
Para potencializar os impactos positivos que as tecnologias digitais geram, é necessária, mais do que uma análise, uma presença ativa da hélice tripla (universidade-empresa-governo) neste cenário, tendo sempre como pano de fundo a quarta hélice, a sociedade, gerando equilíbrio entre inovação, crescimento e desenvolvimento social.
Então, mãos à obra!
Autoria: Dra. Morjane Armstrong @morjane.ssa
Coordenadora Acadêmica EEGN
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