Mesmo que não queiramos assumir este novo mundo, a verdade é que COVID-19 forçou mais de 1 bilhão de alunos e jovens a sair da escola, desencadeando a maior implementação de tecnologia educacional do mundo (edtech) da história, quase da noite para o dia. Escolas e universidades estão lutando para redesenhar seu ensino e aprendizagem, e pensar em questões práticas e logísticas para alunos, professores e pais, abre um mundo de oportunidades para (re)imaginar como será a aprendizagem no século 21.

As pressões que indivíduos, organizações e sociedades enfrentam nesta crise estão acelerando a Quarta Revolução Industrial, apagando fronteiras entre os mundos físico, digital e biológico.
A educação não pode mais ser sobre a transferência de conhecimento explícito entre gerações. De acordo com o Projeto Futuro da Educação e Habilidades da OCDE 2030: “Precisamos substituir os antigos padrões de educação por uma estrutura educacional que combine o conhecimento com as habilidades de criatividade, pensamento crítico, comunicação e colaboração do século 21”.
Enquanto na Revolução Industrial dos séculos 18 e 19 sofríamos uma clara “dor social” devido ao analfabetismo da leitura e da escrita, na Quarta Revolução Industrial a alfabetização não pode mais se restringir à leitura e à escrita. Viva as tecnologias, que possibilitam, mas também limitam! Se ligue e pé na tábua!
MAS ATENÇÃO! Segundo a UNESCO, “para um país atender às necessidades básicas de seu povo, o ensino de ciências é um imperativo estratégico”. Mas existem desigualdades quando se trata de educação STEM (a sigla STEM é um acrônimo em inglês usado para designar as quatro áreas do conhecimento: Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática). À medida que a tecnologia conecta os alunos aos professores em suas casas, suas limitações para o aprendizado se manifestam. É imperativo encontrar formas criativas para que jovens de todos os níveis socioeconômicos tenham acesso à aprendizagem baseada em investigação em casa.
Na Quarta Revolução Industrial, se quisermos que nossos alunos resolvam os maiores desafios do mundo, não podemos perpetuar sistemas educacionais desatualizados. Devemos alinhar as políticas públicas e os investimentos em educação, ciência e tecnologia para desenvolver as habilidades dos jovens no século 21 e prepará-los para um futuro em mudança.
Autoria: Dra. Morjane Armstrong @morjane.ssa
Coordenadora Acadêmica EEGN
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